28/06/2025
PORTO VELHO (RO) – Muitos leitores provavelmente dirão que o assunto é prematuro, que estamos somente iniciando o segundo semestre do ano que antecede o eleitoral, mas não é. Em 2026, teremos, talvez, uma das eleições mais aguardadas e disputadas não somente em Rondônia, mas no Brasil, quando serão eleitos, ou reeleitos, presidente da República, governadores e respectivos vices; duas das três vagas ao Senado de cada estado e do Distrito Federal, além da Câmara Federal e das Assembleias Legislativas. Não estarão na disputa somente os cargos de prefeito, vice e vereador.
Para poder concorrer a cargos eletivos em 2026, os candidatos terão que estar filiados a um partido político seis meses antes do primeiro turno das eleições. As convenções para escolha dos candidatos serão realizadas no período de 20 de julho a 5 de agosto de cada ano eleitoral.
Apesar de estarmos a 16 meses das eleições, os bastidores da política estão em ebulição no estado, inclusive com a possibilidade de vários partidos se unirem em federações e até consolidarem fusões, com desaparecimento de siglas consideradas de peso no processo eleitoral brasileiro.
Recentemente, a fusão entre Podemos e PSDB, que estava praticamente fechada, acabou sendo abortada. Mas, até as convenções do próximo ano — e a data-base, seis meses antes das eleições para filiação a um partido político — teremos mudanças gigantescas no processo político-eleitoral-partidário, não somente em nível nacional, mas regional.
Em Rondônia, as eleições de outubro do próximo ano já provocam enorme mobilização nos bastidores. Temos nomes expressivos em busca de duas vagas que estarão disponíveis para o Senado, hoje ocupadas por Confúcio Moura, presidente regional do MDB, e Marcos Rogério, que preside o PL estadual.
Concorrerão à reeleição?
Rogério tem como projeto político ocupar o cargo de chefe do Executivo estadual. Tentou em 2022, chegou ao segundo turno com pesquisas apontando-o como favorito, mas deixou ajustes importantes com outras lideranças, e Marcos Rocha, que disputava a reeleição pelo União, se reelegeu.
Para o próximo ano, as possibilidades de Rogério disputar novamente a sucessão estadual são muitas, mas não estaria descartada a reeleição ao Senado.
Confúcio já foi governador em dois mandatos seguidos antes de eleger-se senador. É sempre citado como um dos postulantes a buscar o retorno à chefia do Executivo estadual. Mas não se manifestou publicamente. É um bom estrategista, sabe que o momento ainda não chegou.
Nomes como o do ex-prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves (PSDB), que ocupou o cargo em dois mandatos seguidos e saiu com mais de 80% de aprovação popular; o prefeito de Cacoal, Adailton Fúria (PSD), reeleito com mais de 83% dos votos válidos; e Fernando Máximo, deputado federal mais bem votado em 2022 com mais de 85 mil votos, estão na lista de prováveis candidatos a governador com potencial de votos.
Ao Senado, o grupo de pretendentes também é amplo. Estariam na linha de frente a deputada federal Sílvia Cristina, presidente regional do PP; Fátima Cleide, ex-senadora do PT; o governador Marcos Rocha (União); Acir Gurgacz, presidente regional do PDT — hoje inelegível, mas que estaria apto em 2026. São algumas, dentre outras lideranças regionais consolidadas, em condições de disputar as vagas ao Senado.
Quem também estaria formatando uma candidatura a senador é o deputado estadual delegado Rodrigo Camargo, do Republicanos. Ele está no mesmo partido do presidente da Assembleia Legislativa (ALE), Alex Redano, também de Ariquemes. Se tiver o apoio de Redano, certamente Camargo será um candidato em condições de buscar uma das vagas.
Há outros nomes em condições de entrar na disputa eleitoral do próximo ano. Citamos os mais comentados nos bastidores da política e que já estariam formatando as candidaturas. Certamente teremos outras lideranças da capital e do interior em condições de concorrer a governador e senador, mas os que estão hoje sendo mais comentados foram citados.
Arriscaria um palpite?!