Na manhã desta sexta-feira (13), o ex-chefe da Casa Civil de Rondônia, Júnior Gonçalves, realizou uma coletiva de imprensa transmitida ao vivo por suas redes sociais, que alcançou pico de mais de 3.000 acessos simultâneos. Durante a fala, Júnior comentou sobre as dificuldades que diz enfrentar desde sua exoneração do cargo, denunciando o que classificou como “perseguições políticas” e ataques que teriam se intensificado nos bastidores do governo.
Ele fez questão de destacar os impactos que esse cenário tem causado em sua vida pessoal e familiar. No momento em que falava sobre isso, Júnior se emocionou e chegou a chorar diante das câmeras. “Minha família sofre. Meu pai, minha mãe, minha esposa e meus filhos são atingidos por esse ambiente de incertezas. Quero apenas encerrar esse ciclo e seguir com minha vida”, declarou, com a voz embargada.
Júnior também rebateu informações veiculadas em sites locais sobre supostas investigações em curso contra ele. Segundo o ex-secretário, não há nenhum processo judicial em andamento em seu nome. Ele ainda acusou alguns desses veículos de divulgarem fake news a mando de pessoas interessadas em prejudicá-lo politicamente e pessoalmente, mas não citou nomes ou apresentou provas durante a coletiva.
Ele também afirmou que determinadas figuras ligadas à segurança pública, membros do alto escalão do governo e parlamentares estariam promovendo ações de espionagem informal contra ele — o que chamou de “arapongagem” — mencionando inclusive nomes de delegados e policiais.
Outro ponto de destaque foi sua relação com o irmão, o vice-governador Sérgio Gonçalves. Ele negou qualquer ruptura entre os dois. “Tentam criar algo que não existe. Amo meu irmão. Tenho respeito e admiração por quem ele se tornou”, afirmou, ao comentar os rumores de um suposto distanciamento.
Ao ser questionado sobre uma possível candidatura em 2026 ou retorno à vida pública, Júnior foi direto: “Não tenho pretensão alguma. Não penso em disputar cargos e nem voltar para a política”.
No encerramento, Júnior direcionou uma mensagem ao governador Marcos Rocha e à primeira-dama Luana Rocha, sugerindo que sejam iniciadas investigações no Detran, atualmente sob comando de Sandro Rocha, irmão do governador, que veio do Rio de Janeiro para assumir o órgão. Sem fazer acusações diretas, Júnior defendeu que o órgão seja alvo de apuração e acompanhamento rigoroso por parte do próprio governo, em nome da transparência na administração pública.